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Pergunte ao Editor 1: Pergunta de Célio Heitor Guimarães

Pergunta de Célio Heitor Guimarães (um lapeano, com “e”, desiludido com os atuais conterrâneos, meros “lapianos”, sem consciência do passado e muito menos futuro), jornalista, escritor e advogado.

 

O que precisa ser feito para que os novos lapeanos tomem consciência da importância da história da sua terra?

Explico: outro dia, um ônibus de turistas chegou à Lapa. Na entrada, junto ao Monumento ao Tropeiro, do nosso Poty Lazzarotto, indagaram a um transeunte, nova habitante da “Terra dos Heróis”, onde ficava a área histórica da cidade. Resposta: “Ah, lá no centro tem umas casinhas velhas...”.

 

Bem, como admirador incondicional da legendária Lapa, por sua história de honra dignidade e coragem, especialmente das suas mulheres que negaram o oferecimento dos maragatos de entrarem no trem e irem para Curitiba a salvo (nunca sem os maridos e filhos) sinto-me bastante a vontade para falar que o que mais impede o avanço da Lapa é a falta de união entre os lapeanos/lapianos.

 

Minha madrinha (eu adotei e ela atura por delicadeza) Maria de Lourdes Montenegro (legítima representante das corajosas mulheres lapeana – filha do seu iago da farmácia) é presidente da ONG LapaMundi e muito tem tentado para resgatar a alma lapeana e suas verdadeiras manifestações culturais e tradições. Mas o que tenho notado é que, em se tratando da Lapa, o que mata é o fogo amigo (sem nenhuma alusão à morte do General Carneiro), ou melhor, fogo irmão. Um exército que luta entre si nunca ganhará a guerra.

 

Precisamos gritar para todo mundo a valentia lapeana ao resistir à investida dos maragatos (afinal, independentemente de ser pica-pau ou maragato, foi um feito heróico inegável) pois os livros de história do Brasil desconhecem o episódio. Mas a Lapa tem muito mais do que o cerco! Basta uma pesquisa para notar quantos filhos ilustres forneceu para engrandecer o Paraná e o Brasil! Empresários, Jornalistas, Políticos, Artista... Vale a pena pesquisar.

Uma dica: Isaac Lazzarotto, dono do inesquecível Vagão do Armistício e pai do nosso querido Poty, era lapeano.

 

Por isto, orgulhemo-nos do Cerco, mas não esqueçamos de que a Lapa e os Lapeanos são muito mais do que o Cerco (e que o monge, também). Lapa é realmente berço de heróis (e que se dane Manoel Ribas) e terra de intelectuais e empreendedores.

 

Mas, cai sempre na mesma história: falta divulgação e conhecimento sobre a verdadeira história da Lapa. Não precisamos inventar que D. Pedro II inaugurou o teatro ou outras tantas histórias, pois o teatro, por si só, é lindo e possui uma rica história pois foi enfermaria durante o Cerco.

 

Acredito e defendo que a solução é conhecer a história, antes – durante – depois do Cerco da Lapa, para assim reencontrar o orgulho de ser Lapeano. Além, é lógico, de construírem pontes de comunicação e sinergia entre o seu povo pelo melhor futuro da Lapa, sempre querida e legendária. Isto,lógico, dentro de um planejamento governamental que explore as possibilidades históricas e turísticas e que fixem o lapeano na sua terra. Ou seja: Emprego, Cultura e Renda!

 

Afinal, a maldição do Padre Pinto já acabou pois se passaram os 100 anos... mas isto é outro causo que vale uma roda de chimarrão, de preferência promovida pelo Elói Favaro, na praça Gal. Carneiro, num sábado de seresta.

 

Anthony Leahy - Editor (ediitora@institutomemoria.com.br)

 


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