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PRÊMIO ANJO DE HAMBURGO

PUCPR

II Semana Cultura e Fé no mundo contemporâneo encerra nesta quarta-feira (1º)

Semana lembra os 65 anos do fim da II Guerra Mundial e combate os resquícios daquele período. Inscrições abertas

 

 

 

Há 65 anos, duas bombas atômicas atingiam as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, marcando os últimos momentos da Segunda Guerra Mundial. A rendição do Japão diante dos Países Aliados, em 2 de setembro de 1945, coloca fim a um dos capítulos mais violentos da nossa História, que culminou na morte de milhões de pessoas. Estudar a II Guerra Mundial remete ao Holocausto, ao Nazismo de Hitler e aos campos de concentração. Atualmente, discutir esses assuntos é de grande importância, pois vivenciamos os resquícios da Guerra e do Holocausto até hoje de diversas maneiras, como no preconceito, nas práticas de Bullying e nos regimes totalitários.

Para proporcionar uma formação mais humanista e a educação para o exercício da cidadania democrática e responsável, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), através do Núcleo de Pastoral e do Departamento de História, em parceria com a B’nai B’rith Paraná, a Federação Israelita do Paraná e o Instituto Memória, promove a “II Semana Cultura e Fé no mundo contemporâneo”, com o tema “Memória, História e Educação: 65 anos do final da Segunda Guerra Mundial”. O evento, aberto à comunidade, acontece entre os dias 30 de agosto e 01 de setembro.

O presidente da B’nai B’rith Paraná, Leon Knopfholz, destaca que “lembrar o fato histórico em si já é de suma importância, pois consiste em  uma circunstância sem precedentes cuja reincidência deve ser evitada a qualquer custo. Porém, além disso, acredita-se que o estudo da questão, na contemporaneidade, promove movimentos humanos que reduzem processos discriminatórios, dos mais variados tipos, permitindo a compreensão de que a inclusão, ao contrário da exclusão, é fator básico ao êxito social”.

Ao propor o evento, a PUCPR preocupa-se em refletir sobre os limites, possibilidades e disparidades entre fé e razão, e os desafios relacionados com a defesa e manutenção da vida diante da memória, história e educação. Ernesto Sienna, assessor de Pastoral da PUCPR, Campus São José dos Pinhais, afirma que “por meio da memória, história e educação, estes fatos devem ser lembrados, discutidos e analisados a fim de que sejam superados definitivamente, em vista da construção de uma sociedade que promova a cultura da paz, a quebra de preconceitos, a justiça, a defesa da vida, valores disseminados pela educação do Instituto Marista na formação de cidadãos humanos, éticos e solidários.” Assim, o Estudo da História Humana Recente constitui-se um fator de fundamental importância para as relações contemporâneas.

Manoel Knopfholz, presidente da Federação Israelita do Paraná, reforça a importância dos ensinamentos deixados pela II Guerra Mundial. “Não basta apenas registrar os números bélicos, mas sim refletir sobre a condição humana para que isso não mais aconteça, pois o extermínio do homem pelo homem bate de frente com o conceito de humanidade”.

Premiação

“É necessário mostrar que existem pessoas boas que lutam e acreditam em um mundo melhor, se não terminaremos por entender que o normal é o ruim”, destaca Anthony Leahy, editor do Instituto Memória e idealizador do Prêmio Anjo de Hamburgo. O Prêmio, que será entregue no dia 31, trata-se de uma homenagem e um resgate histórico da luta e heroísmo da paranaense Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, esposa de Guimarães Rosa, que ganhou o nome de "Anjo de Hamburgo" por salvar centenas de judeus do nazismo, ignorando leis anti-semitas e conseguindo vistos que abriam caminho para refúgio no Brasil.

Aracy ganhou homenagens nos Museus do Holocausto de Jerusalém e de Washington, além de ser a única mulher citada no Museu do Holocausto de Jerusalém como um dos 18 diplomatas que ajudaram a salvar vidas de judeus. É também o único nome de uma funcionária consular, e não de embaixador ou cônsul, o que só aumenta a dimensão do risco que correu. Afinal, ela enfrentou o nazismo sem gozar das imunidades garantidas aos outros diplomatas homenageados.

Anthony explica que “o Instituto Memória procura promover e prestigiar personalidades que fazem a diferença na luta por um mundo melhor a partir da valorização da cultura como forma de promoção humana. O Prêmio Anjo de Hamburgo busca resgatar a história do Paraná e homenagear Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, fazendo com que suas realizações cheguem à sociedade”. Serão homenageadas as seguintes personalidades da contemporaneidade, que se opõem publicamente ao racismo e à discriminação: Eleonora Bonato Fruet, Rita de Cássia Munhoz, Nara Salamunes, Milton Ivan Heller, Marion Brephol de Magalhães e Eronides Cruz.

Eleonora Bonato Fruet, Rita de Cássia Munhoz e Nara Salamunes são realizadoras da Jornada Interdisciplinar sobre o Ensino da História do Holocausto, que envolve 400 professores da Rede de Ensino Municipal. Marion Brephol de Magalhães é professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), historiadora e autora de livros que explicam as raízes do preconceito e da discriminação. Eronides Cruz é ex-pracinha e combatente da II Guerra Mundial, considerado Herói do Exército Brasileiro. Milton Ivan Heller é jornalista, escritor e autor dos livros “Resistência Democrática: Repressão no Paraná”, “De Catanduvas ao Oiapoque” e “Conspiração Nazista nos Céus da América”. Os certificados serão assinados pelo atual presidente da B’nai B’rith Paraná, Leon Knopfholz, e pelo editor do Instituto Memória, Anthony Leahy.

Programação

No dia 30 de agosto, para abrir a Semana, a Profª Drª Maria Luiza Tucci Carneiro, historiadora e coordenadora do Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação da Universidade de São Paulo (LEER/USP), autora do livro “O antissemitismo nas Américas”, fará uma palestra com o tema “História e Memória do Holocausto no contexto da Segunda Guerra Mundial: um legado para o futuro”. Em seguida, o Sr. Moisés Jakobson, sobrevivente do Holocausto, dará seu depoimento.

Na segunda noite, o Prof. Dr. Wilson Maske, da PUCPR, iniciará com a palestra “Como a experiência Nacional Socialista foi possível na Alemanha?”. Em seguida, o Sr. Isaac Cubric, Primeiro Secretário da B’nai B’rith Paraná, falará sobre “Os Schindlers brasileiros”. Na última noite, os palestrantes são o Prof. Dr. Antonio José de Almeida e a Profª. Ms. Adalgisa de Oliveira, ambos da PUCPR, que abordarão “A Cultura da Paz na sociedade contemporânea” e “O Instituto Marista e a educação para a paz”, respectivamente.

Nos dias 30 e 31 de agosto, a Semana acontece no Auditório Maria Montessori, Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH), 1º andar, Campus Curitiba. Já as palestras da terceira noite serão realizadas no Teatro Leopoldo Scherner, no Câmpus de São José dos Pinhais. Também neste período, de 30/08 a 03/09, acontece no Câmpus São José dos Pinhais uma exposição alusiva aos temas das palestras. Haverá ainda um Cine Debate nos dias 30 e 31 de agosto, das 17h às 19h, com a exibição dos filmes “Nós que aqui estamos por vós esperamos” e “A Lista de Schindler”.


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