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As novas descobertas de Superagui

 
As novas descobertas de Superagui
Gazeta do Povo | 28/11/2009 | Ari Silveira
 Albari Rosa/ Gazeta do Povo / Veiga Lopes: documentos raros
José Carlos Veiga Lopes - Presidente da Academia Paranaense de Letras
e Vice-Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná
Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo
 
A história da antiga península e hoje Ilha de Superagui, no Litoral Norte do estado, desde a época do descobrimento, é contada pelo presidente da Academia Paranaense de Letras e vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, José Carlos da Veiga Lopes, no livro Superagui: informações históricas. A obra se baseia em pesquisas feitas pelo imortal, que teve acesso a documentos raros sobre a região.

Até a chegada dos portugueses ao Brasil, Superagui era habitada por índios da tribo carijó ou tupiniquim. O aventureiro, mercenário e cronista alemão Hans Staden (1525-1579) passou por lá em 1550, durante sua segunda visita à América do Sul. “O local ficou abandonado por muitos anos”, conta o escritor.

Em 1614, o português Diogo de Unhate obteve a carta de sesmaria – instituto jurídico português que normatizava a distribuição de terras destinadas à produção. Mas a área permaneceu abandonada, e a Câmara Municipal de Paranaguá decidiu entregar as terras aos jesuítas. Os padres permaneceram lá até 1759, quando foram expulsos pelo governo do Marquês de Pombal.

Incorporada à Junta da Real Fazenda, a área foi a leilão no século 19, arrematada por ingleses, que chegaram a plantar café e implantar serrarias na região. Posteriormente, as terras foram transferidas ao açoriano José Narciso Coelho. O inglês David Stevenson adquiriu novamente a área e a transferiu em 1852 ao suíço Charles Perret Gentil, que tentou implantar uma colônia em Superagui, mas o projeto fracassou. “No século 20, o estado loteou e titulou terras na região, mas, com a criação do Parque Nacional, a situação ficou indefinida”, lembra Veiga Lopes.

De península a ilha

Um capítulo do livro é dedicado à abertura do Canal do Varadouro, em 1954, que transformou a península em ilha – exatamente o contrário do que aconteceu em São Francisco do Sul (SC), nos anos 30, quando um aterro artificial para a passagem de estradas de ferro e de rodagem interrompeu o Canal do Linguado, criando um istmo que liga a ex-ilha ao continente. “O Canal do Varadouro estabeleceu uma ligação entre as baías de Paranaguá e Cananeia”, explica o escritor. “Antes, havia um trecho de areia em que as canoas eram conduzidas por terra.”

Segundo Veiga Lopes, com o assoreamento, apenas voadeiras (pequenas lanchas) conseguem atravessar no canal.

“A ilha está voltando a ser península”, comenta.

FONTE:

 


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