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PREMIAÇÃO ANJO DE HAMBURGO

27/01/2010

Dia Internacional em memória às vítimas do holocausto

O dia Internacional do Holocausto é uma data instituída pela Assembléia Geral das Nações Unidas em memória das vítimas do Holocausto. O dia 27 de janeiro foi escolhido, porque nesta data, em 1945, o exército soviético liberou o maior campo de extermínio nazista, localizado na Polônia (Auschwitz – Birkenau). Auschwitz começou por ser um campo de concentração para prisioneiros políticos, para logo um ano depois se tornar num campo de extermínio, principalmente de judeus, mas também ciganos, prisioneiros de guerra, em especial russos, e homossexuais através das câmaras de gás, além da realização de cruéis experimentos humanos. Os corpos eram posteriormente incinerados em massa. Calcula-se que mais de 1 milhão e cem mil pessoas foram barbarizadas e mortas em Auschwitz. 

Você sabia que há ainda hoje quem ouse esquecer, escamotear, defender

e até negar o brutal genocídio cometido pelo regime nazista?

 

Você sabia que Hitler tinha nos seus planos a criação da Alemanha Antártica

com base na população germânica do Brasil?

 

CONSPIRAÇÃO NAZISTA NOS CÉUS DA AMÉRICA - Milton Ivan Heller

Uma equivocada e imprudente política de imigração e colonização, visando o branqueamento da população brasileira, vigente desde o Império, prosseguindo sem alterações substanciais na República, ensejou grandes concentrações germânicas no Brasil, mais acentuadamente na região sul. Após a Primeira Guerra Mundial milhares de imigrantes alemães vieram para a América, inconformados com a derrota de suas tropas nos campos de batalha, desejosos de contribuir para o soerguimento de sua pátria e da expansão ilimitada das fronteiras alemãs.

Primeiro, sempre em nome da superioridade da raça e do pangermanismo, conceberam um plano para a separação do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná da comunidade nacional verde e amarela, do território que herdamos dos nossos antepassados e bem ou mal construímos uma nação livre, para transformá-los em um protetorado da Alemanha de Hitler. Depois, com o crescimento dos delírios de dominação alimentados em Berlim, após as primeiras vitórias na guerra e a sujeição da França às botas do invasor, o plano inicial evoluiu para a criação da grande Alemanha Antártica, que abrangeria, também, o Paraguai, o Uruguai, a Argentina, o Chile, e porções dos territórios do Peru e da Bolívia. Para Hitler e seus asseclas este seria um continente de mestiços que não tem condições de se autogovernar.   

Neste cenário surgiu a Ação Integralista Brasileira, um papel carbono do Partido Nazista, que pregava abertamente o advento de um regime ditatorial no Brasil, tendo em Plínio Salgado um candidato a führer. Integralistas e súditos do Eixo, os chamados 5ª colunas, agitavam as mesmas águas turvas, formando um consórcio sinistro e atuante em todo país, principalmente onde a etnia germânica era preponderante.

A resistência começou sem alarde através de escritores e historiadores como Romário Martins, Gilberto Freyre, Sylvio Romero, Tobias Barreto, Menotti Del Picchia e outros, mas foi se expandindo pouco a pouco, ganhando o apoio decisivo da mocidade universitária e de importantes setores populares.

Sim é verdade que o Partido Nazista teve atuação legal no Brasil de 1932 a 1938. Em 1932 surgiu a Ação Integralista Brasileira e logo se tornou evidente a colaboração entre estas duas forças. O governo de Getúlio Vargas não escondia suas simpatias para com os países do Eixo, mas foi obrigado pelos acontecimentos e um grande clamor cívico e popular, a perfilar-se ao lado dos aliados. Embora tardiamente organizou a Força Expedicionária Brasileira e mandou nossos pracinhas para as trincheiras na Itália. Para combater o nazifascismo, irmão siamês do Estado Novo que tripudiava sobre a oposição, lotava os presídios de presos políticos, censurava a imprensa, tratava as greves como casos de polícia e reprimia manifestações pacíficas da mocidade estudantil.

 

Somente o conhecimento liberta! Afinal, a base de todo o preconceito é a ignorância, seja de quem for, seja de que lado for.

 

O Instituto Memória criou o prêmio ANJO DE HAMBURGO em homenagem à heroína paranaense, nascida em Rio Negro, Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, esposa do escritor Guimarães Rosa, seu cúmplice, que exercia a função cônsul-adjunto em Hamburgo (Grande Sertão: Veredas, de 1956, obra-prima da literatura brasileira, foi dedicado à Aracy). Aracy, chocada com a perseguição aos judeus promovida pelo III Reich, resolveu ignorar as determinações do Itamaraty (circular 1127)  para impedir a entrada dos “semitas” no Brasil e ajudou a conceder vistos a dezenas deles, talvez centenas. Aracy Guimarães Rosa é a única mulher citada no Museu do Holocausto (Yad Vashem) em Israel como um dos 18 diplomatas (ou funcionários diplomáticos) que ajudaram a salvar judeus da morte. Ali ela foi reconhecida em 1982 como "Justa entre as Nações". Ela também é a única funcionária consular, e não Embaixador ou Cônsul, o que significa que ela não gozava das imunidades garantidas aos outros diplomatas homenageados, todos de escalões mais altos. A única mulher brasileira convidada a plantar uma árvore no Bosque dos Justos, em Israel, onde os não-judeus que ajudaram a salvar vidas judias das perseguições nazistas na Europa são homenageados. Aracy ganhou um bosque com o seu nome no Keren Kayemet, nas cercanias da cidade sagrada em Israel. Seu nome figura ao lado de Oskar Schindler (o empresário alemão que inspirou o filme "A Lista de Schindler" de Steven Spielberg). 

  

Pelo seu brilhante livro, o Instituto Memória concede ao escritor

Milton Ivan Heller o PRÊMIO ANJO DE HAMBURGO

que será entregue em data a ser divulgada.

Anthony Leahy - Editor
Conselheiro da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História - SP
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná e da Academia de Cultura de Curitiba

Instituto Memória Editora
Editora Destaque pela Câmara Brasileira de Cultura
por dois anos consecutivos: 2008 e 2009
 
(41) 3352 3661 - 3352 4515


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