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Anthony Leahy: Bicho do Paraná

 Paraná Online

http://www.parana-online.com.br/colunistas/52/41228/

Bicho-do-Paraná

por Célio Heiitor Guimarães, Jornalista e advogado, lapeano com orgulho, atleticano e avô.

Enviei um pedido de desculpas a Anthony Leahy. Pela minha ignorância. Estou há alguns anos na área. Julgo-me um sujeito bem-informado. Tenho procurado cultuar (e difundir) as coisas desta nossa outrora mui leal e distinta Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba e do nosso Paraná. E, sobretudo, sou lapeano (assim mesmo, lapeano com e, como manda a tradição, e não um simples lapiano, com i, como quer a periferia) de nascimento e de coração. No entanto, não sabia da existência do Anthony. Daí o necessário pedido de desculpas.

Conheci Anthony Leahy em uma entrevista que ele deu à UFPR TV. Soube que era um livreiro, dono de uma livraria chamada Pedra da Gazeta (para os novatos, devo revelar que “pedra da Gazeta” era um pequeno mural de mármore que existia na entrada no jornal Gazeta do Povo, quando este localizava-se na Rua XV de Novembro, onde eram afixadas as principais notícias do dia, incluindo avisos e notas de falecimento).

Mais do que um livreiro, porém, Anthony é um paranaense por adoção. Nasceu na Bahia de Todos os Santos, mas ama de paixão o Paraná de Todas as Gentes e as coisas paranaenses. No acervo de sua livraria, situada no 2.º piso do Shopping Itália, o destaque são obras de autores paranaenses ou sobre o Paraná. A maior atração ali presente, porém, é ele próprio. Que sabe de cor os hinos de Curitiba e do Paraná e boa parte da história desta Terra dos Pinheirais.

Aliás, Tronco dos Pinheirais foi o nome dado por Leahy à revista que edita. O título talvez seja uma homenagem ao jornalista, advogado e escritor José Wanderley Dias, outro apaixonado pelo Paraná, que criou na velha Rádio Guairacá, por ocasião dos festejos do Centenário do Paraná (1953), um programa denominado “O Tronco dos Pinheirais”.

Além disso, Anthony mantém o site www.pedradagazeta.com.br na internet, onde cultua a memória paranaense através de uma série de textos e artigos, incluindo espaços-homenagem a Túlio Vargas, Lauro Grein, Valério Hoerner Jr., Ernani Straube, Noel Nascimento, Carlos Ravazzani, Rui Cavallin Pinto, Carlos Brantes, Eloi Zanetti, Carlos Zatti, Airo Zamoner, Fábio Furtado Pereira, Anthony Leahy, Raymundo Negrão Torres e Aramis Millarch.

Ali, os interessados poderão conhecer, entre outras, as histórias das balas Zequinha, dos berimbaus de Santa Felicidade, da cerveja do Paraná, dos pianos Essenfelder, da identidade paranaense, do monge da Lapa, do pai da imprensa paranaense Cândido Martins Lopes, da baronesa do Serro Azul, do cacique Guairacá e do Território do Iguaçu. Terão, também, uma idéia da poesia, da culinária e das lendas paranaenses.

De minha parte, estou agora sabendo que o “curitibaiano” Anthony Leahy é membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, preside o Instituto da Memória, que criou em 2003, e também é um apaixonado pela velha Lapa dos meus amores, afilhado da Maria de Lourdes Montenegro e amigo de Elói Fávaro, com pouso garantido na Fazenda Roseira e mesa reservada na Padaria Zeni.

Bem-vindo seja, prezado Anthony. Sinta-se em casa e, como já está acomodado à mesa, sirva-se à vontade da hospitalidade paranaense e receba o agradecimento de todos nós pela maneira fidalga e afetiva com que tem tratado a gente e as coisas desta terra, que já é também sua.


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