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Livro: Eutanásia, sim ou não?

PAPEL DA ÉTICA FRENTE À MORTE

 

Ninguém, sem qualquer dúvida, é o “Dono da Verdade” diante a persistente complexa questão da Eutanásia, a morte piedosa, entre outros sinônimos etimológicos: morte sem agonia, sem dor, morte calma, serena, etc. Idem, para com a Distanásia, neologismo antônimo da Eutanásia, ato defeituoso de prolongamento exagerado do processo do morrer de um paciente . “Obstinação Terapêutica”, medicação fútil, inútil, através a qual, enfim, busca-se desesperadamente curar o impossível, a morte!

Inadmissível, imperdoável, desumano é ainda neste novo século XXI esses importantes temas continuarem sendo veladamente “varridos para debaixo do tapete”. Ação de acomodados, aqueles petrificados na indiferença, invalidados na imparcialidade, imobilizados no fanatismo, até mesmo!

Justifico melhormente o porquê dessa minha indignação, dizendo: há um inconsciente, louvável, extraordinário desenvolvimento da tecnologia aplicada à medicina - que segue um caminho sem volta - trazendo incalculáveis benefícios para toda a humanidade. Contudo, também ele traz, igualmente, os seus correspondentes maléficos.

É o caso, exemplificado, do inegável aumento, em verdadeira progressão geométrica, do número de pacientes terminais! Paciente terminal, aquele que, na evolução de sua doença não tem condição de prolongar  a sobrevida, apesar de todos os recursos médicos disponíveis, estando, pois, num processo de morte inevitável. Processo do morrer, é aquele período mais e/ou menos longo anterior a morte propriamente dita. Processo esse que está sendo no presente mais duradouro como resultante, justamente, é óbvio, do desenvolvimento tecnológico referido. Seja dito, por sinal, que muitos desses padecentes estão subjugados a atrozes sofrimentos, representados principalmente pelas dores física, psiquica, social (“a dor do isolamento”) e a espiritual, com certeza. De modo específico, afirme-se: quando pacientes terminais “não-pagantes”, aqueles designados de uma maneira ignominiosa de indigentes!

A respeito, opinando, disse muito bem Caio Rosenthal, colega infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo - SP, autoridade no trato com pacientes terminais: “O silêncio é a voz da omissão”

A propósito de omissão, ouça-se também Jean D’Ornesson, escritor francês:

“Nada mais parcial do que a imparcialidade”

Contemporaneamente , as polêmicas questões da eutanásia são capítulos próprios da Bioética. Disciplina, matéria de ensino que veio pra ficar devido a sua indiscutível importância, exatamente, na discussão de muitas complexas questões persistentes e emergentes referentes ao que é verdadeiramente mais precioso para todos nós seres humanos: a saúde, a nossa própria vida, enfim.

Nesse artigo, procuro sugerir debates sobre Eutanásia e Distanásia referentes à grave problemática dos pacientes terminais numa pretensão que, pelo menos, a indiferença sobre o assunto tenha fim.

Humanização. aprimoramento de cuidados paliativos para com eles, indispensável alocação de recursos específicos dos governos federal, estaduais e municipais para tal desiderato.

“Fomos ajudados para nascer, indiscutivelmente também precisamos ser ajudados para morrer.”

 

Waldo Robatto, Médico, Profº Universitário, Membro Conselheiro do CREMEB.

 

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