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DESABAFO DE UM EDITOR OTÁRIO!

 

De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.

Rui Barbosa

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Ministro Antonio Palocci é acusado de multiplicar o próprio patrimônio por 20 em um período de quatro anos;

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Depois do polêmico blog da cantora Maria Bethânia, que teve autorização do Ministério da Cultura (MinC) para captar R$ 1,3 milhão, o MinC autoriza R$ 10 milhões para Disney On Ice, Blue Man, Revelação e Timbalada;

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Assembleia do Paraná teve 48 carros roubados em 7 anos;

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Bruna Surfistinha: Garota de Programa famosa da cidade de São Paulo fez sucesso contando as suas experiências sexuais no seu blog. Em 2006 ela lançou o livro “O Doce Veneno do Escorpião“, que logo tornou-se “Best Sellers”, onde ela conta diversos casos como acompanhantes de luxo em São Paulo. No ano de 2011 foi lançado o filme “Bruna Surfistinha”, super esperado e sucesso absoluto, baseado na vida dela;

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Pesquisa mostra que os livros mais vendidos em 2010 são 80% traduções ou autores famosos de alta visibilidade na mídia nacional;

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Livro didático de língua portuguesa adotado pelo MEC (Ministério da Educação) ensina aluno do ensino fundamental a usar a “norma popular da língua portuguesa”, ou seja, a falar errado. O livro foi distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos a 484.195 alunos de 4.236 escolas, informou o MEC. Custou mais de 5 milhões aos cofres públicos;

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Após pressão, Dilma suspende "kit homofobia". Mas o dinheiro já foi gasto!

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Caixa Econômica Federal compra Panamericano e fica com a dívida. [Banco de Silvio Santos]

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Ronaldinho Gaúcho recebe homenagem da Academia Brasileira de Letras

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DESABAFO DE UM EDITOR OTÁRIO!

 

Sofremos de uma apatia moral sem tamanho. Viramos seres AMORAIS, vinculado apenas à nossa própria sobrevivência, a qualquer custo e forma, tal e qual qualquer outro animal! Para podermos TER empenhamos nossos valores morais para poder pagar as inúmeras prestações que nos são impostas pela indústria de consumo. SER está fora de moda. Conduta pessoal digna é caretice ou até fascismo. Não colocamos a “mão no fogo” mais por ninguém! Nunca nos comunicamos tanto e tão rápido, e nunca estivemos mais separados e frios. Já que não conseguimos educar aos menos favorecidos, promovendo uma real e sustentável ascensão social a partir da educação efetiva (não esta que proibe reprovar e gera os analfabetos funcionais), descemos o nível da sociedade como um todo. Nivelamos por baixo! Falamos feitos bandidos e adotamos seus trejeitos e gírias. Abrimos mão de sermos inteligentes para sermos espertos! Formamos muitos e poucos sabem algo! Dançamos, temos comportamentos sociais e utilizamos uma comunicação digna de cadeias e meretrícios. Realmente estamos transformando a exceção em regra! Nivelando por baixo! Falamos contra o fim do preconceito e implementamos o preconceito contra todos que não comungam da ideologia oficial. Patrulhamento ideológico? Lógico. Respeito todos merecem, mas não por ser branco, negro, homossexual, sulista, nordestino, ... Uma pessoa deve ser avaliada pelo seu caráter e sua conduta social. Mostra-me suas ações e te direi se mereces o meu respeito! Meritocracia!

 

 

Vejam o caso das grandes tragédias como o tsunami no Japão: todos correm para doar e ajudar! Muito bom! Mas e as milhares de pessoas que morrem sistemicamente e continuadamente de fome na nossa própria cidade, estado, país? Ajudar só se for para vítimas de grandes desastres? Na rua, desviamos até o nosso olhar dos "animais humanos" que rastejam a enfeiar a paisagem urbana! Qual coerência possui este comportamento? Não pagamos os Direitos de nossas empregadas domésticas mas ajudamos as vítimas do Japão? Seria cômico se não fosse trágico!

 

Enquanto isto, teimo, COMO EDITOR, em lutar pela cultura regional. Teimo em lutar pelos autores regionais. Teimo em publicar livros que resgatem e convalidem o que somos, nossas raízes como formadora de nossa identidade enquanto indivíduo e sociedade. Teimo em acreditar que somente investindo nas raízes geraremos frutos fortes. Teimo em acreditar que a educação é a única forma de inserção social sustentável! Resgata a dignidade humana e promover o ser humano à condição de GENTE. Somente educando o povo não precisaremos transformá-los em “mendigos” profissionais, eternamente com a mão pedinte a esperar as bolsas-esmolas!

 

 

Aquele que dá esmola a um homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”. Luís Gonzaga – Rei do Baião

 

Mas, como já afirmou o Sidónio Muralha, Se caráter tem preço, eu pago!”

 

Esta música abaixo traduz a todos aqueles que teimam em acreditar e lutar contra a mediocridade e hipocrisia reinante nas sociedades atuais. A luta continua, pois “não está morto quem peleia”. Ou, como diria a Canção dos Tamoios: “A luta é combate que aos fracos abate e aos forte e bravos só pode exaltar”. Que Deus nos dê força e coragem para continuar a luta!

 

Dom Quixote

Engenheiros do Hawaii

Composição: Humberto Gessinger / Paulo Gauvão

 

Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
Peixe fora d''água, borboletas no aquário

Muito prazer, meu nome é otário.


Na ponta dos cascos e fora do páreo
Puro sangue, puxando carroça

Um prazer cada vez mais raro
Aerodinâmica num tanque de guerra,
Vaidades que a terra um dia há de comer.


"Ás" de Espadas fora do baralho
Grandes negócios, pequeno empresário.

Muito prazer me chamam de otário
Por amor às causas perdidas.

 

Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem, seja o que for
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas

Tudo bem... Até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Muito prazer... Ao seu dispor
Se for por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas

 

Nós somos esta bendita sociedade para quem transferimos a culpa por tudo. Nós que no cotidiano que escolhemos o que valorizar e prestigiar. Nós ao gastarmos nosso dinheiro ou nos endividamos para TER é que impomos ao mercado o que queremos SER. Nós é que achamos R$ 50,00 em um livro muito caro e gastamos R$ 100,00 em um barzinho. A sociedade, os políticos e todos os valores reinantes são consequências de nossas escolhas diárias ou da nossa omissão. Omissão é covardia ou cumplicidade? Afinal, quem não pensa é pensado! É a responsabilidade solidária! Somos avalistas e fiadores dos governantes e da própria sociedade. Lamentação não muda o mundo, mas o comprometimento, sim! Ações diárias, sim!

 

O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.

Martin Luther King

 

Que venham os moinhos e dragões! Em um mundo repleto de Hitler e Mussolini, onde metade da população mundial morre de fome, ou de guerra, ou de falta de saúde básica, ser um Quixote é uma Honra a ser conquistada. O que seriam dos grandes comandantes se não fossem as grandes tempestades? No máximo, afundaremos orgulhosamente com o nosso navio. Afinal, não é a certeza da vitória que define se entraremos em uma batalha, mas a bandeira que queremos sustentar e defender. Devemos fazer o que dá certo ou o que é certo?

 

 

"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era negro.
Como não sou negro, não me incomodei.

No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho desempregado.
Como tenho emprego, não me incomodei.

No quarto dia, quando vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para se importar!"

(adaptação livre do poema de Maiakovski)

 

 

 

O Instituto Memória cria, neste momento, a COMENDA QUIXOTE DA CULTURA que entregará em evento próprio ao final do ano a alguns selecionados por serem “otários” e não desistir da luta.

 

 

 

 

 

Forte abraço,

Anthony Leahy - Editor Presidente
Conselheiro da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História - SP
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná e da Academia de Cultura de Curitiba

Instituto Memória Editora & Projetos Culturais

Editora Destaque Nacional - Prêmio Brasileiro de Qualidade Editorial
Câmara Brasileira de Cultura  

(41) 3352 3661 - 3352 4515

 

 

 

 

 

 

Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente. Henfil


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