Instituto Memória - Centro de Estudos da Contemporaneidade Instituto Memória - 15 anos Instituto Memória - Televendas - 41.3016 9042
 

PESQUISA
Pesquisa por Título ou Autor/Colaborador:

Texto da Pesquisa:


clique na capa para ampliar

Humanização e execução penal: o drama na efetividade do direito penal

Autor: Coordenação Geral: Valter Foleto Santin
Páginas: 378 pgs.
Ano da Publicação: 2019
Editora: Instituto Memória
De: R$ 115,00 - por: R$ 95,00

SINOPSE

APRESENTAÇÃO

 

Essa obra é resultado de muitos meses de trabalho. Concebida no contexto do Congresso da Paz, cujas edições foram realizadas em Marília/Brasil (2016), Lima/Peru (2017) e Bogotá/Colômbia (2018), coordenadores e organizadores voltaram os olhos para a necessidade de transformação do sistema penitenciário como condição não só de respeito às pessoas encarceradas, senão também de maior proteção à sociedade.

Como já escrevi alhures, “o direito à segurança pública enfeixa uma gama de direitos, pela sua característica de liberdade pública e até mesmo componente do direito da personalidade, por conter relações públicas e privadas”, nas prestações estatais e no “respeito mútuo dos cidadãos à incolumidade e patrimônio alheios e na contribuição à preservação da ordem pública” (Controle judicial da segurança pública: eficiência do serviço de prevenção e repressão ao crime. 2. ed., São Paulo: Verbatim, 2013); não poucos são os problemas do atual sistema brasileiro de cumprimento de pena privativa de liberdade, os quais comprometem de modo significativo o direito fundamental à segurança pública do cidadão e os direitos fundamentais do recluso.

Nesse contexto, cumpre não apenas ao Estado, mas à sociedade civil organizada e a cada um individualmente, perseguir nas suas respectivas esferas de atuação a paz social; essa missão do Estado, da Sociedade e da pessoa individual não se concretiza à revelia dos excluídos e dos marginalizados, tampouco à míngua de fraternidade e misericórdia com os que erraram, cuja dignidade humana não perderam independente da gravidade do crime cometido.

Em todo processo de ressocialização deve-se ter em mente que a pessoa humana detém direitos e estes hão de ser respeitados sob pena de proporcionar maior mal social do que o próprio delito gerou. Nesse sentido é que a Lei de Execução Penal assegura “ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei” (art.3º). Porém, sabido é, melhorias legislativas pura e simplesmente são insuficientes. A Lei de Execução Penal vigente desde 1984 corrobora-o; constituindo tentativa de minorar problemas do cárcere, amenizando o grande caos que era o cumprimento de pena criminal no Brasil, hoje em dia a situação continua caótica.

Constatação essa demonstra que, conquanto boa, direito não se faz justiça sem pessoas que o apliquem justamente. Portanto, as reflexões que se seguem versam sobre essa temática - tão urgente quanto necessária hodiernamente - constituem um tijolinho na construção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária.

Leitores são necessários; transformadores, imprescindíveis! Mãos à obra!

 

Valter Foleto Santin

Coordenador Geral

 

SUMÁRIO

 

Capítulo I             A CRISE DO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO 

                          José Antonio Remedio, Davi Pereira Remedio

                         

Capítulo II            E- JUSTICIA LATINOAMÉRICA. IMPULSO A UN CAMBIO DE MODELO Y SISTEMA PENITENCIARIO

                          Edgardo Torres López

                         

Capítulo III           ANÁLISE DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS PENAS E SUAS TEORIAS FRENTE À ATUAL REALIDADE PRISIONAL BRASILEIRA 

                          Bruna Nascimento Machado, Fábio Ruz Borges

                         

Capítulo IV           ENCARCERAMENTO OU CRIMINALIDADE EM MASSA? 

                          Deyvison Heberth dos Reis, Valter Foleto Santin

 

Capítulo V            CRÍTICAS À POLÍTICA DE DESENCARCERAMENTO IMPLEMENTADA PELO JUDICIÁRIO 

                          José de Oliveira Júnior, Luiz Fernando Kazmierczak

 

Capítulo VI           A QUESTÃO PRISIONAL COMO PROBLEMA DE POLÍTICA PÚBLICA 

                          Antonio Henrique Graciano Suxberger

 

Capítulo VII          CRIME E CASTIGO: A CRISE DO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO 

                          José Antonio da Silva, Valter Foleto Santin

                         

Capítulo VIII         CONSIDERACIONES CONSTITUCIONALES A PROPÓSITO DEL INDULTO Y GRACIA PRESIDENCIAL CONCEDIDOS A ALBERTO FUJIMORI 

                          Jorge Isaac Torres Manrique

                         

Capítulo IX           O TRABALHO DA PESSOA APENADA NO BRASIL: REALIDADE E PERSPECTIVAS 

                          Luciana Ferreira Lima, Marcelo José Ferlin D’Ambroso

                         

Capítulo X            O MITO DE SÍSIFO OU O SUPLÍCIO DE TÂNTALO: O TRABALHO CARCERÁRIO E AS “REGRAS DE MANDELA” (TERÁ ORFEU CHEGADO AO TÁRTARO?) 

                          Mário Lúcio Garcez Calil, César Augusto Luiz Leonardo

                         

Capítulo XI           O DIREITO FUNDAMENTAL E A PACIFICAÇÃO SOCIAL PELA CORRESPONSABILIDADE. A MEDIAÇÃO PENAL E A PREVENÇÃO PRIMÁRIA NA NOVA ORDEM PROCESSUAL 

                          Pablo Rodrigo França, Walmir Geralde

                         

Capítulo XII          A PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E A ATUAL INTERPRETAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 

                          Gerson Godinho da Costa

                         

Capítulo XIII         O REGIME DISCIPLINAR NA EXECUÇÃO PENAL 

                          Rodrigo Leite Ferreira Cabral

 

Capítulo XIV         MÉTODO APAC, JUSTIÇA RESTAURATIVA E RESSOCIALIZAÇÃO: CAMINHOS PARA UMA EXECUÇÃO PENAL HUMANA, DIGNA E JUSTA 

                          Renan Cauê Miranda Pugliesi

                         

Capítulo XV          CULPA E ESPIRITUALIDADE NAS APACS

                          Gilmar Siqueira, Ilton Garcia da Costa, Rogério Cangussu Dantas Cachichi

                         

Capítulo XVI         A FUNÇÃO PROMOCIONAL DO DIREITO NAS APACS 

                          Lafayette Pozzoli, Ivanaldo Santos, Rogério Cangussu Dantas Cachichi

                         

Capítulo XVII        O PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO: OBSTÁCULOS À CONCRETIZAÇÃO DO ACESSO À JUSTIÇA E A NECESSIDADE DE UMA NOVA VISÃO SOBRE O TEMA 

                          Charlise P. Colet Gimenez, Giovana Krüger

                           

Capítulo XVIII       SISTEMA PRISIONAL: DISFUNÇÕES NAS POLÍTICAS PÚBLICAS E A COGESTÃO COMO RESPOSTA POSSÍVEL À RESSOCIALIZAÇÃO DOS APENADOS 

                          Ismar dos Santos Viana, Henrique Ribeiro Cardoso

             

Capítulo XIX         A RESPONSABILIDADE CRIMINAL DOS POLICIAIS MILITARES NO CASO DO MASSACRE DO CARANDIRU, SOB O PONTO DE VISTA DE MINHA PRESIDÊNCIA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO IASP

                          Ricardo Hasson Sayeg

 

Capítulo XX          ROL ESENCIAL DE LAS FAMILIAS EN LA PREVENCIÓN AL DELITO 

                          Edgardo Torres López

                         

Capítulo XXI         OS DIREITOS FUNDAMENTAIS E A IGUALDADE FORMAL: O DEFICIENTE FÍSICO NO AMBIENTE CARCERÁRIO BRASILEIRO

                          Walmir Geralde, Mário Furlaneto Neto

                         

POSFÁCIO