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A METAMORFOSE DAS BORBOLETAS: MULHERES JOVENS NAS VIVÊNCIAS DO CÂNCER DE MAMA E SEUS VOOS DE RESILIÊNCIA

Autor: MARIANA SEBASTIÃO
Páginas: 120 pgs.
Ano da Publicação: 2018
Editora: Instituto Memória
De: R$ 50,00 - por: R$ 45,00

SINOPSE

"A todas as mulheres jovens que já tiveram um encontro com o câncer e para aquelas que inevitavelmente convivem com ele."

A Vida de uma Borboleta

A essência das borboletas é essencialmente marcada por transformações. Quando jovens, esses insetos são muito diferentes dos indivíduos completamente maduros. O processo de transformação de uma lagarta numa borboleta modifica quase totalmente o corpo desse animal.

Uma borboleta mãe precisa encontrar uma folha para depositar os ovos onde nascerão suas filhas lagartas. As folhas da planta escolhida servirão de alimento para as suas crias, por isso ela tem todo o cuidado de procurar folhas com boa textura, que não se quebrarão quando os ovos forem colocados.

Logo após sair do ovo, a lagarta não parece nem um pouco com a borboleta leve e colorida na qual se transformará. Mas nela á existem algumas células que, mais tarde, se transformarão nas estruturas morfológicas de uma borboleta. Essas células ficam dormindo por um bom tempo para não deixar a lagarta se transformar cedo demais.

Ao nascer, a lagarta já começa a se alimentar. Daquela folha que a mãe escolheu, o pequeno animal tira todos os nutrientes que precisa para crescer até se transformar num indivíduo adulto. E faz isso com todo gosto! Come tanto que engorda a ponto da sua pele ficar apertada. Em um determinado momento, essa pele se rompe e lá por baixo está uma pele novinha! Isso acontece várias vezes na vida da lagarta até que ela produz uma pele bem rígida e se transforma numa crisálida. É neste momento que ela para de comer e de se mexer e começa ali dentro a maior de todas as metamorfoses.

A crisálida é tão rígida porque a lagarta precisa ficar bem protegida durante esse tempo. No processo de metamorfose, ela não consegue se defender de inimigos naturais ou das intempéries. Então, o seu exoesqueleto precisa estar bem forte.

Nesta fase, aquelas células que antes adormeciam, começam a desenvolver as partes de uma borboleta. Quando está toda pronta, rompe o casulo e sai um bichinho adulto com toda sua graça. A partir daí, faz coisas que não fazia antes: pode voar, se reproduzir e o seu alimento agora é bem diferente da folha escolhida pela mãe.

Mulheres são como borboletas. Está na essência do feminino transformar-se. . Passam por modificações internas e físicas intensas durante toda a vida. Ao nascerem, alimentam-se do amor, cuidado, sonhos e expectativas das suas famílias. Parecem já estar dentro delas algumas características de personalidade que vão se desenvolvendo a cada experiência ou “mudança de pele”. Mas, os problemas que surgem sempre vão contribuir para criar uma pele rígida e deixá-las como que imóveis, sem sair do lugar.   

Engana-se quem pensa que essa imobilidade sufoca uma mulher. Na verdade, é ali dentro que ela se fortalece. Se alimenta com as reservas de fé, amor, força e objetivos que possui. E quando tudo parece um caos, eis que se liberta uma borboleta incrível, batendo asas de resiliência, que sabe qual caminho deve seguir. Agora está pronta para novas experiências que ainda não era capaz de passar e pode se alimentar de outras vivências em seu novo caminho.

Neste livro, as “mulheres borboletas” têm relatos incríveis. Ainda na sua juventude, enfrentaram o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama e algumas delas convivem com a doença em estágio avançado. Mas antes disso acontecer, “mudaram de pele” várias vezes: mesmo sendo tão jovens, foram desafiadas pela vida em muitas situações surpresa. O câncer foi só mais uma. Depois de tanta transformação, elas contam resilientes as suas histórias. Quanto a nós, temos o privilégio de conhecê-las!

Mariana Sebastião