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O TRÁGICO EM HEIDEGGER

Autor: Dulce Mara Gaio
Páginas: 178 pgs.
Ano da Publicação: 2017
Editora: Instituto Memória
Preço: R$ 75,00

SINOPSE

DULCE MARA GAIO: Psicanalista. Licenciatura e Graduação em Psicologia pela Universidade Católica do Paraná (PUC), Especialista em Psicologia Clínica pelo CFP, Especialização em Filosofia e Psicanálise e Mestrado em Filosofia Contemporânea pela Universidade Federal do Paraná, experiência no magistério do ensino superior, em supervisão de estágio, a profissionais e Serviços de Saúde, no Sistema Penitenciário e em Hospital Psiquiátrico/Clínica Psicossocial. Atual docente do UniBrasil – Centro Universitário e supervisora clínico institucional na Rede de Atenção Psicossocial em Joinville.

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A presente publicação se insere numa pesquisa que tem por objetivo circunscrever a suspeita de que ao esquecimento do ser equivale o repúdio ao trágico, o que significa igualmente dizer que à Metafísica corresponderá a instauração da Ratio. Pretende-se apresentar o salto (Sprung) e a angústia em estatuto de ‘método’ para que a questão do ser possa ser pensada, bem como enquanto condição que se requer do homem para tornar-se Dasein. Aquelas operações que converteram a physis em idea e o lógos em enunciado, que promoveram o giro da philia para a orécsis e a substituição do thaumázein pela certitudo estão supostas como operadores e como efeito do acontecimento que culmina na Modernidade, a saber, o esvaziamento do ser enquanto palavra e enquanto experiência originária recusada. Cernindo uma das características essenciais do ser (conquista de limite e consistência), a Dichtung será, com brevidade, apresentada enquanto pensamento do ser capaz de convocar o Dasein para a tarefa de, arriscando-se aos impactos do não-ser e do nada, sujeitar o ser, trazê-lo à luz, emprestando-lhe voz e permanência no tempo sem, contudo, entificá-lo. A reversão da essência da verdade na verdade da essência, assim como os estágios históricos da verdade enquanto aletheia, veritas e certitudo nos auxiliarão a melhor delinear a figura da Ratio e, num  diálogo frontal com ela, alguns preconceitos que pesam sobre o ensino de Heidegger poderão ser trabalhados: a pecha de irracionalista enlaçada à proposta do solipsismo existencial como evidência da ausência de uma reflexão ética por parte dele, por exemplo. Em contra-partida, procuramos argumentar que é justamente uma dis-posição afetiva (Stimmung), bem como a experiência da finitude ontológica possível desde o solipsismo existencial, que estão a serviço da (a)ventura do Dasein no interior da experiência trágica.